O Natal já passou e o fim de ano aproxima-se a passos largos! Em jeito de balanço, posso dividir 2013 em dois momentos fulcrais: a notícia de que um novo bebé está a caminho (como eu desejava!!!) e a de que esse mesmo bebé poderia ter um problema como síndrome de down (o que nunca desejaria ouvir...).
Se o primeiro momento trouxe uma grande felicidade, o segundo assemelhou-se ao desabar de tudo e mais alguma coisa. Quando recebi a notícia da hipótese de um problema com o bebé, porque o rastreio bioquímico deu positivo, estava a conduzir, com o Gonçalo atrás, e tive uma reação muito fria. Logo que olhei para o visor e vi o número da clínica onde sou seguida, tive um prenúncio de que não seria boa coisa. Não havia nenhum motivo para me ligarem, a não ser que fosse algo urgente. E era... Quando o médico, um pouco a medo e a escolher as palavras, me explicou o que se passava, só consegui dizer que queria resolver o assunto o mais rápido possível e que faria o que fosse preciso para ter certezas do que se passava realmente.
Assim, lá fui no dia seguinte para uma consulta hospitalar e marquei a afamada amniocentese. Já tinha ouvido horrores sobre este exame, já sabia os riscos (que me foram dados a conhecer outra vez no hospital), ouvi também as alternativas - esperar por uma nova ecografia morfológica, mas a minha decisão estava mais do que tomada: não conseguiria aguentar com uma notícia tão terrível sem descobrir tudo o que se passava; nunca ficaria descansada sem o exame. Por isso, fiz a amniocentese. Não me custou os horrores de que tinha ouvido falar e correu tudo bem, felizmente. Depois? Depois, foram mais quinze dias de espera pelo resultado, aterrorizada. Diziam-me que, se não tinha notícias mais cedo, era um bom sinal, no entanto, a angústia não me largava.
No dia em que recebi o resultado, estava acompanhada de uma amiga. Distraíamo-nos a falar de coisas do trabalho, mas o meu nervosismo era evidente. Por fim, disseram-me o que tanto queria ouvir: que estava tudo bem! E que é uma menina!!! A cereja no topo do bolo... Confesso, porém, que ficou uma réstia de medo. Passou um pouco, melhorou com a ecografia morfológica que fiz mais tarde, mas não passou totalmente. Acho que só quando ela nascer e, espero, se confirmar que está bem, o medo passará, de vez!
Agora, no final deste ano, posso afirmar que, de um modo geral, foi bom. Contudo, foi o ano em que vivi as piores três semanas da minha vida!! Porque podemos querer muitas coisas, até sonhar e fazer planos sobre como vai ser, mas o que realmente importa é que os nosso filhos estejam bem e com saúde. Por isso, o meu maior desejo para o próximo ano é esse: que os meus filhos estejam bem e tenham saúde!!! O resto, bom, o resto é como um acessório: ajuda a complementar!!!
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