O
segundo período deste ano letivo já começou. As escolas voltaram a encher-se
com as vozes entusiastas dos alunos, ansiosos e cheios de novidades para
contar. É a volta à rotina para professores, alunos e pais. Porém, se para
alguns pais é mais um conjunto de meses nos quais os seus filhos vão estudar e
alcançar bons resultados sem problemas, refletindo-se em ótimas notas na
avaliação final, para outros o cenário revela-se bem diferente.
Quem
trabalha no ensino, lida com a angústia dos pais / encarregados de educação por
não compreenderem a razão que leva os filhos a não conseguirem os resultados
esperados. Muitas vezes, tal facto deve-se à falta de atenção do aluno e à
falta da prática e estudo da matéria lecionada; no entanto, há diversas razões
que levam as crianças a não conseguirem os resultados desejados que,
frequentemente, estão camufladas e são difíceis de identificar.
Por
isso, aqui ficam alguns passos que, dependentemente de cada situação, podem
auxiliar os pais / encarregados de educação com este problema, permitindo-lhes
ajudar as suas crianças!
a) Em primeiro lugar, é necessário apurar
as causas dos problemas de aprendizagem, pois, só quando estas são
identificadas, é possível delinear estratégias para as ultrapassar.
b)
Verificar
se a indisciplina que, por vezes, pode surgir não é uma forma que as
crianças encontraram para camuflar as suas reais dificuldades de aprendizagem.
c)
Estar
por perto na hora de estudo.
É compreensível que os pais têm um dia muito preenchido e que, na volta a casa,
não tenham muito tempo para estar a acompanhar os filhos. Contudo, podem estar
perto deles enquanto realizam as suas tarefas. Por exemplo, enquanto se está a
preparar o jantar, a criança pode estar sentada à mesa da cozinha a fazer os
seus trabalhos ou a estudar.
d)
Apoiar
a criança e mostrar que se acredita nela, valorizando os seus pontos
positivos. Por vezes, pais e professores centram-se demasiado nos aspetos
negativos, em detrimento dos aspetos positivos. É necessário dar mais valor
àquilo que a criança faz bem e demonstrar que se acredita nela, ainda que os
progressos sejam lentos. O caminho faz-se caminhando!!!
e)
É
muito importante conversar.
E entenda-se que tal se refere a conversar sobre os mais diversos assuntos com
a criança, respeitando a sua opinião e mostrando-lhes, também, quando estão
certos e quando estão errados, de uma forma construtiva. Aquilo que a criança
não entende ou apresenta dúvidas, deve ser explicado com calma, com exemplos e
com linguagem apropriada à sua idade / conhecimentos, de maneira a que
compreenda.
f)
Quando
a criança não tem bons resultados porque não estuda e/ou porque está sempre
desatento e desconcentrado nas aulas, deve ser chamada a atenção pelos seus
pais. É natural que um dos pais tenha um papel mais disciplinador, porém, ambos
devem seguir a mesma linha de raciocínio: a chamada de atenção e possíveis
decisões que daí advenham devem ser respeitadas e cumpridas pelos dois.
g)
As
chamadas de atenção devem ser imediatas ao acontecimento para surtirem efeito. Nada deve passar em branco,
inclusivamente porque a criança pode entender que não há interesse por parte
dos pais pela sua situação.
h)
As
decisões tomadas são para levar até ao fim. É compreensível que são nossos filhos e que nos
custe imenso castiga-los, no entanto, há alturas em que é necessário
lembrar-lhes que existem regras e que as mesmas devem ser cumpridas. Por isso,
é necessário ser firme nas decisões e levá-las até ao fim (a menos que surja
algo que justifique o contrário).
i)
As
crianças apreciam que se mostre confiança nelas. Assim, é conveniente
fazer-lhes entender que lhe será dada cada vez mais confiança consoante se
mostrar mais capaz de gerir bem as suas responsabilidades.
-
castigos corporais;
-
humilhar ou envergonhar a criança;
-
comparar a criança com outras crianças;
-
castigos demasiado longos ou tardios.
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