quarta-feira, 14 de maio de 2014

De volta... com a Camila!

Já há muito tempo que não escrevo aqui no blog. Mea culpa e não só! O final da gravidez foi um suplício. Tive imensas dores! Tantas que nos dois meses antes do nascimento da Camila praticamente não dormi. Não tinha posição para dormir e nem descansava como devia de ser. Atribuía as dores à coluna, mas só depois do parto (porque se repetiram) descobri que as dores que tinha eram de estômago e não de costas ou do diafragma. Além disso, a tensão arterial começou a subir a partir do fim de janeiro. Eu nunca tenho a tensão alta, está sempre bem. Porém, não houve uma preocupação com este fato e eu, que não percebo nada destas coisas de medicina, não dei a devida importância. Nas ecografias, a minha pequerrucha estava sempre a descer de percentil e ninguém me dava uma resposta para tal! Segundo diziam, com a placenta estava tudo normal, inclusivamente a nível da quantidade de líquido. Foi preciso chegar ao dia do parto para detetarem que estava com pré-eclampsia. Um choque! Como é que foi possível só descobrirem nessa altura? Quando entrei no hospital, a tensão arterial estava realmente alta e esse fato fez disparar os alarmes. Então, toca a fazer análises, a dar medicação, a colocarem-me sob vigilância apertada, a controlar todos os sinais e finalmente a levarem-me para o bloco de partos muito antes de ter dilatação que o justificasse para que, se fosse necessário, intervir o mais rápido possível. Um filme! Sobretudo porque a epidural demorou a ser dada e eu já penava com muitas dores a cada contração. Dizia a parteira que a epidural podia atrasar o parto... Bom, não me vou pronunciar sobre este fato porque não sou entendida no assunto. O certo é que o obstetra de serviço decidiu que era melhor darem-ma o mais rápido possível, pois não podia correr mais riscos com a tensão arterial, que disparava com as contrações. Aliviada das dores graças à  epidural, em menos de uma hora, a Camila nasceu, de parto normal! Ela estava bem, eu, muito aliviada e feliz por ter acabado em bem! 
Após o parto, a Camila teve de ficar uma semana no serviço de neonatologia. Ela nasceu com dois quilos apenas (e media 44 centímetros) e, algum tempos após o nascimento, verificou-se que estava hipotérmica e tinha baixa de açúcar, além de uma alteração a nível de glóbulos vermelhos no sangue. Eu fiquei dois dias sem vê-la (um horror!) porque tive que ficar "isolada" do mundo: havia o risco de ter convulsões e a tensão arterial continuava muito alto. A cura para a pré-eclampsia é o parto e há um período de 48 horas em que se tem de estar a repousar, em vigilância, sem estímulos, porque qualquer coisa pode desencadear uma convulsão. Depois, passa e fica-se bem. Mas só fisicamente, porque, no meu caso, psicologicamente é mais difícil de recuperar! Só de pensar em como tudo podia ter corrido muito pior... Enfim, graças a Deus acabou em bem! Mas confesso que precisei de tempo para assimilar tudo e para superar também!
Hoje, a Camila já cresceu muito e engordou bastante! Como qualquer bebé, está muito diferente, porém, nela a diferença é realmente notória!!! Conta já com dois meses e é muito tranquila! Quando o Gonçalo tinha a idade dela, tinha de o amamentar de hora em hora, praticamente, e ele dormia muito pouco de noite e de dia. Por isso, uma bebé que faz sestas durante o dia e dorme bem durante a noite, acordando apenas uma vez a meio da noite para que a amamente, é fenomenal!!!